terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vestidas para...amar!


Certa vez uma amiga me disse que não entendia porque a pessoa com quem estava saindo não tomava a iniciativa, já que estava tudo ‘às claras”. Lá pelas tantas, vi fotos dos encontros e algo me chamou a atenção. Nossa quase heroína estava sempre vestida demais.
Explico. Não pense que esperava vê-la num modelito femme-fatale, com fenda e decotes, não se trata disso, afinal, temos maturidade para saber exatamente o que é sexy e o que é apelação.

(dependendo do momento...)
Ela usava blazer, camisa por baixo, correntinha... No outro, calça jeans, apertada demais e coisas assim.
Fiquei imaginando as mensagens que essas roupas enviam. Não pense que é maluquice, existe gente séria (pelo menos mais sérias que eu!) que já escreveu sobre o código das posturas, a linguagem dos gestos e roupas. E é batata, pode experimentar.
Um blazer, de tecido pouco macio e com botões parece dizer “não tente me tirar, vai dar muito trabalho!”.
O que dizer de uma calça que exigirá certas flexões para não sair com um pouco da pele da dona? Sandálias complicadas, dessas que a gente leva cinco minutos para abotoar gritam bem alto “Não quero sair!!!”
Quando uma mulher quer ser despida (não importa por quem) deve usar algo deslizante, macio e fácil de tirar, e que não amarrote se ficar jogado num canto por umas duas horinhas. Aquele pretinho de malha acetinada, decote amplo em “V”, que a gente tira rapidinho como uma camiseta, é tudo de bom. No pescoço, prefira correntes longas, quem vai querer acertar o fecho na argolinha, numa hora dessas? (Além disso, essas coisinhas justas e delicadas parecem ser a escolha de uma meninninha para a primeira comunhão. Ou de um namorado duro! Mulher, mesmo, detesta economia nas jóias, acredite, ‘brilhantinho’ não é delicado, é pobre!)
Enfim, voltemos a ‘saída’.
Nos pés, aquele escarpim vermelho, de salto bem alto, que emagrece três quilos no ato, é ir-re-sis-tí-vel, principalmente se a sua tatuagenzinha do tornozelo estiver em dia. E entra e sai quase com vida própria, querida!
Pelo amor de Santa Sara Kali, não vá de body, não daqueles que prometem murchar a barriga e empinar a bunda. São broxantes. Além disso, só você acredita que façam diferença. Uma calcinha , pequenina, e duas gotas de veneno, não mais.
Você está pronta para matar. De desejo.
Minha amiga, que estava interessada numa morena alta e bem resolvida (Você ainda acha que sedução só existe entre héteros? Ta na hora de mudar seus conceitos, amiga!) teria tido mais chance de voltar acompanhada se esquecesse em casa aqueles tecidos “chiquérrimos”, que amarrotam com o piscar de olhos. A sandália de gladiador? Tsc, tsc, tsc...Muitas alças para amarrar, querida, muitas alças...

sábado, 21 de junho de 2008

Depilação do Machão


Depilação (versão masculina)

Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, (naquele horário em que nãose pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira) quandominha mulher deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas "partes". Após alguns minutos ela veio com a "brilhante" idéia:- Por que não depilamos seus ovinhos, assim eu poderia fazer "outras coisas"com eles.
Aquela frase foi como um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiquei imaginando o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu, imaginando as "outras coisas", não tive mais como negar. Concordei.
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos necessários.
Fiquei olhando para TV, porém minha mente só tinha um foco: 'outras coisas'. Despertei com o beep do microondas e imaginei que ela, boazinha, ainda traria um nescafé.
Ela voltou ao quarto com um pote de cêra, uma espátula e alguns pedaços deplástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se um mero residente.
Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e liberasse o acesso à zona do agrião.Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e começou apassar cêra morna. Achei aquela sensação maravilhosa!! As 'outras coisas' deveriam ser in-crí-veis!
O Sr. Pinto já estava todo "pimpão" como quem diz: "sou o próximo da fila"!!Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as "outras coisas " que viriam e ela nem notava o estado do Pimpão!Após estarem completamente besuntados de cêra, minha senhora embrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que ia levá-los para viagem. Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo?
Porém, alguns segundos depois ela esticou o meu saquinho para um lado e deu
um puxão repentino.Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE PARIUUUUUUU, quase falado letra por letra. Um ardor se espalhava onde antes havia um pinto e dois ovos. Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado.Ela disse que ainda restavam alguns pelinhos, e que precisava passar de novo.Respondi prontamente: NEMMMMMMMMM FODENNNNNNDO!
- Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito com as duas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos. Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molhei o saco antes de molhar a cabeça.
Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo frágil, as pernas trêmulas.
Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinhonovo: faz merda atrás de merda.
Peguei meu gel pós-barba com camomila que "acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos. Foi como se tivesse passado molho de pimenta.Sentei no bidê na posição de "lavar xereca" e deixei o chuveirinho acalmar os Drs, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10° round.
Olhei para meu pinto. Ele, coitado, tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia irmão gêmeo do meu umbigo. Nesse momento minha mulher bateu à porta do banheiro e perguntou se estavapassando bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora me pareceu uma gralha.
Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava argumentado que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. E AINDA VÃO NASCER DE NOVO????
-Esquece, sua tarada! Isso aqui agora é terra arrasada, é como chernobill, não nasce mais nem que use ginkobiloba dez anos!
Ela riu. A F de uma P, ainda riu...
-Seu bôbo! Claro que nasce. Ou você acha que a minha fica maciazinha, gostosinha, como? Eu depilo a cada 20 dias...
Meu queixo caiu. Vinte dias? Essa tortura a cada vinte dias e ela ri? Realmente as mulheres são seres superiores...-Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus ovos vão ficar que nem os das codornas, respondi. Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar a meio metro de distância, sem tocar em nada... e se ficar rindo VAI ENTRAR NA PORRAAAADA!!
Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele momento sexopara mim nem para perpetuar a espécie humana ou para dar um créu na Juliana Paes, meu sonho secreto. Estava morto e humilhado.
No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentiro vento bater em lugares nunca antes visitados. E o roçar do tecido era...interessante.
-Eu, heim...Deve ser por isso que os viados se depilam...Tô fora, maluco!
Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo, (existe?) e nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo, morrendo de remorso cada vez que eles roçavam nos fundilhos e eu já me animava.
Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado.
Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas devem ser feitas somente pelas mulheres. Ou por gays que são mais corajosos que nós. Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino sem ter tutano.(Ainda dói!)

(R. Dias e Vera Cascaes)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pasto Novo



Sítio do Judas era uma localidade tão pequena, mas tão pequena que a cidade a qual pertencia nem cidade era, ainda.
Lá cresceu Marilda, menina bonita das pernas grossas, cintura fina e olho azul, o que praquelas bandas era um dote e tanto. Filha da costureira Zefinha, foi educada com esmero para casar com um bom partido e arrumar a vida da família toda, que já não era sem tempo. Marilda freqüentava a missa dominical e participava da festa da cana, no município vizinho, um encanto aquela menina.
Vai que uma coisa leva a outra e Seu Mardonho, próspero comerciante da redondeza botou o olho na menina e decidiu que aquela era dele, de mais ninguém.
Com treze, se ele não se apressasse, um moleque riquinho logo, logo, iria inaugurar aquela formosura das coxas roliças...Ah, aquelas coxas, Madonho babava emocionado, antecipando tamanha alegria.
Teve um namoro relâmpago, sob a vigilância ferrenha de Zefinha que sabia que o melhor da filha era ser imaculada. Quando noivaram, ela deu uma folga, colocou-se por detrás da meia parede de madeira velha, sentada num banquinho, esperando a hora de carregar na tosse e avisar que era hora do velho Mardonho ir-se para não deixar que as coisas esquentassem tanto.
Ouvia um vuco-vuco, um estalos de beijos e quase caiu do banco quando a filha perguntou ao noivo:
-Ô Seu Mardonho, o que o sinhô comeu hoje?
O velho levantou-se insultado, como assim? Ela estaria reclamando do seu bafo? Deu um pontapé na porta de ripa e saiu, batendo os cascos.
-Mas minha filha, como ‘ocê’ faz uma coisa dessa, o que ‘ocê’ acha que um homem desse podia de ter comido?
E ela, candidamente:
-Merda, mãe, merda...

Depois de um tempo remendou-se a situação e Marilda foi para o altar de véu, grinalda e flor de laranjeira. Mardonho puxava Zefinha pinçando-lhe a clavícula. A esmirrada costureira já sabia o que iria ouvir:
-Então, Dona Zefinha, a senhora me garante que a menina é novinha, virgem-virgem?
-Mas claro, seu Mardonho, ela nunca nem viu um....o sinhô sabe o quê.
-Ela que se prepare que hoje vai ver ‘a senhora sabe o quê deeste tamanho’ e mais algumas coisas.
A costureira achou melhor preparar a filha e iniciou aquele diálogo que as mães inventam para constranger as filhas.Disse que era dever da esposa ceder ao marido e nunca se queixar de dor de cabeça. Achou que cumprira a obrigação.
Depois das núpcias, os dois mal ficaram na festa que corria no terreiro e foram para a hospedaria, onde um quarto os esperava com o que foi possível arranjar naquelas plagas.
Lá pelas tantas, o velho Mardonho começou a sussurrar o ouvido da jovem esposa:
-Marildinha, meu amor, é hoje que você vai me dar esse seu tesouro, não é?
Ela assentia com a cabeça.
-Você vai deixar eu abrir seu tesouro, minha flor, vai, vai?
E ela balançava a cabeça.
Começou o vuco-vuco, o Mardonho arfava e nada. Marildinha, impaciente levantou o lençol e disse de soslaio:
-Ih, seu Mardonho, com essa chavinha o sinhô vai abrir meu cadeado é nunca !

Dizem que seu Mardonho ficou muito brabo uns tempos e depois foi amansando.Ficou tão manso que ia na alcova da mulherzinha uma vez ou outra, isso quando Zecão, um peão que tratava do gado bom não estava por lá. Dizem...(veracascaes@gmail.com)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sobre Mulheres: Febre

Calor. Muito calor.

Não sabia de onde vinha aquela fúria, a vontade derrubar a louça de florzinhas pelo chão. Cremeira...quem coloca creme no chá? Chá, num calor desses?
A toalha com sombras de velhas manchas de café, de um branco encardido de armário e tempo, ainda assim parecia imaculada, quase virginal, com as beiras de crochê puído engomadas.
Tinha ímpetos de derrubar-lhe o copo de groselha quase morna que não conseguia beber. Sentia a roupa colando na pele úmida de suor, desejo e inquietação.
Tirava nacos do pão morno, passava-os na manteiga amolecida e comia, tentando alinhavar as idéias ou os desvarios.
Queria arrancar a cambraia e abraçá-lo, ali, entre os maços de louro e canela, alumínios que se queriam polidos e brilhantes, aromas do café de coador de pano e manjericão.
Pedir, me pega com força e com ternura, me agarra, me beija, acalma essa loucura que me faz ser um pouco à toa.Ele deve achar que ela parece uma vadia. E é, no fundo todas são.
Acerta uma bola de miolo gosmento no jornal aberto sobre suas tempestades, o escudo que a separa do mundo dos sãos.Não existe reação, não há o que o faça abalar-se.
Esparrama-se no encosto da cadeira alquebrada, sacode a saia como abano de forno a lenha. Forno que queima, que a deixa em brasas. Despudorada, se mostra, pernas afastadas.
E ele? Nada.
Levanta-se irritada.Recolhe a louça, joga-a na pia, bate gavetas, faz tinir os talheres.
Não lhe rouba a concentração, apenas um olhar por sobre as páginas meio vergadas, uma sobrancelha elevada, ah, ele quase nota que ela existe. Quase.
Encosta-se na pia, abre a torneira.
Molhas as mãos e passa no pescoço, no colo suado. Molha os mamilos que parecem explodir. Respira, ofegante.
Ele solta os jornais e refaz o encarte, cuidadosamente. Diria-se que ninguém passou por aquelas linhas.Ou pelos caminhos que ela desenha pelo corpo.
Agarra-o por trás, enlaça-o com uma das pernas, o pé descalço subindo e descendo.
Ele vira, ajeitando o paletó no braço esquerdo, mantendo-a longe com o peito largo.
Ela se esfrega feito a gata Dinorah, que cochila na caixa de revistas.
Ele abaixa a cabeça, beija-lhe a testa. Está atrasado.
Ela tenta puxar-lhe o pescoço engravatado, uma das mãos sentindo-lhe as calças. Ele resmunga que parece uma louca, muito, muito vulgar.
Ela murcha, os olhos prestes a transbordar, as palavras de puta de cais contidas pelos lábios mordidos.Ódio e febre, que ainda arde, queima onde devia só aquecer.
Vingativa, enfia os dedos sorrateiros na manteiga; ao despedir-se com aqueles arremedos de beijos curtos e sem graça, lambuza as costas do casaco, aqui e ali, facadas rançosas e indolores, cheias de rancor e mágoa.
Puxa-lhe a gravata, besunta a seda e repete o tchau amor de todos os dias, requentado como café da repartição.Velho como a repartição.
Tchau amor que eu te odeio e joga-se sobre o sofá de curvim, com vontade de chorar.
Nem sabe quantas horas passaram, a roupa lhe gruda como num passeio na chuva, mas sem prazer.As pálpebras pesam.
Arrasta-se até o quintal e banha-se numa água de bica.
Lava a alma e os desejos, que bom seria ter esse sabão.
Joga a camisola numa tina onde outras peças esperam atenção e alguma força.
Caminha assim, nua e molhada pelo ladrilho da casa antiga, herança maldita da sogra há muito sepultada.Vê o telefone negro, daqueles de discar.
Imagina que no bocal ainda exista um resto de respiração da velha, ou que, nesse, ela possa escutar.
Vai para o quarto. Joga-se molhada na cama de espaldar alto e entalhes, quase fúnebre, cuja posse e responsabilidade lhe foi passada, após a morte da sogra. Apóia o pé molhado na cabeceira e tem vontade de rir, essa pequena transgressão é quase um prazer carnal...Lembrou-se do segredo de Anita e colocou Ne me quitte pas pra tocar.
Da bolsa de sobra de calças jeans, com franjas de barbante e sucatas bordadas com brilhos e espelhinhos, uma das suas reminiscências, resgata a antiga agenda, um cofrinho fingido, com chavinha e buraco de coração. “Amar é jamais ter que pedir perdão”. Então tá.
Ensaia o que dizer.Não precisa dizer nada. "Oi. Sou eu..."

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Siri: deu ou não deu? ARGHH...


“Cara Iris,
Confesso que nunca imaginei escrever esta carta, afinal, não nos conhecemos.
Sim, apesar de ter acompanhado alguns dias da sua participação no BBB7, e de ler notícias sobre a sua vida pessoal, principalmente na internet, não posso dizer que a conheço ou que sei qualquer coisa da sua personalidade ou da sua vida.
Aliás, esse é o problema, Siri.
Eu e muita gente não temos o menor interesse em saber detalhes da sua atividade sexual, que você insiste em comentar, sei lá com que intenção. Sim, pois além do mau gosto, sua performance deixa muito à desejar.
Na época do programa, ainda vá lá que a gente ouvisse certas conversas, imaginando que ‘escapou’ ao seu controle o fato de estar sob a mira de 473 câmeras.
É, teve quem enfiasse o dedo no nariz compulsivamente, quem lavasse a calcinha e depois escovasse os dente na hidromassagem e quem desse uma rapidinha , via embratel, sob uma mantinha sem vergonha.
Entretanto, sua insistência sobre quantas vez ‘deu’ e para quem não ‘deu’ é chata e muito ultrapassada, meu bem.
Talvez você não tenha tido oportunidade de entender que as mulheres não são mais escravas desse tipo de aritmética. Ninguém é mais respeitável por ter feito sexo com menos parceiros.Reputação, é outra coisa, tente se informar, vale a pena, sabia?
Se você ainda não percebeu, algumas que encarnam aquele tipo ‘de um homem só’ não valem quase nada, enfim.
Hoje, existem mulheres que se sentem muito a vontade com suas vidas e nem por isso tornam púbicas as suas agendas de sexo; a não ser que seja essa a intenção, como a tal da Surfistinha.
Se você achava normal ter transado apenas com seu antigo namorado, pra que ficar falando isso toda hora? Confesso que a Fani, com todo aquele furor verbal (até hoje não sei se foi puro marketing...) me inspira muito mais confiança do que o tipinho caipira quase inexperiente que ainda tenta emplacar.
Você teve a sorte de nascer com uma bunda maravilhosa e um belo par de olhos (nariz e peitos a gente pode comprar!). Mas não pense que só isso convence a todos por todo o tempo.
Pensei que você tivesse atingindo o auge do mico ao anunciar quando seria a primeira noite com o Alemão. Convenhamos que, com um homem daqueles, você teve até muita calma.
Agora, na falta de tema melhor, anuncia que não teve sexo com o grego.
Sinceramente, acho que o rapaz deve estar arrependido da tentativa de namorar a caipira do BBB. Aliás, de caipira, meu anjo, você não tem nada. De tonta, sim. Auto-proclamar-se ‘caipira’ deve ter ofendido um monte de garotas legais, espalhas pelo interiorzão desse Brasil de Meu Deus, e que não merecem isso, apesar de morrerem de inveja da sua cintura.
Por isso tudo, Siri (bem a calhar!) acho que você precisa rever seus assuntos.
Para ser justa, devo agradecer-lhe um coisa.
Por sua causa, acabei admirando a Surfistinha e concedendo-lhe um pontinho a favor.
Ela, pelo menos, assume que faz o que faz porque gosta. E conta pra todo mundo por gostar tanto quanto.
No mais...É adeus, mesmo.
Eu.”

domingo, 30 de setembro de 2007

A tal da Pimenta (Participação Especial de Ludmila Z.)

E o que posso dizer à sua leitora que pergunta, secamente: "E quando a pimenta acaba?"

Áaaiii, Vera, pela nossa amizade, vou tentar dar uma ajudazinha, mas que coisa , heim?


Esse povo tá carecendo de tempero. Ou de imaginação.

O maior (e às vezes único) problema dos casais que vivem um relacionamento "diet" é a falta de comunicação. É dificil entender como duas pessoas que vivem juntas há tempos, não tenham intimidade.
Melhor deixar claro que casal, "é uma dupla de duas pessoas". Mais claro, impossível!
Não me interessa se são dois meninos ou meninas, ou um misto quente.
O que importa é ser...quente, capisce?
Ou você acha que casais gays não passam por essas crises de falta de apetite?Quem dera!
Voltando ao "assunto em tela"...

Pense nas ocasiões de doença, por exemplo, quando é comum o parceiro realizar a higiene, trocar as peças íntimas e, até, banhar o outro.
Quer mico maior do que convalescer de uma lipo, ao lado do romeu?
E a cirurgia das hemorróidas dele? Lembra?

No entanto...conheço homens que tiveram que 'aceitar' esses cuidados (que alguns acham constrangedores, quase humilhantes!) mas não se sentem à vontade para revelar que adorariam que suas esposas fizessem uma depilação 'a la Playboy'...Que loucura!
(O que tem de mulher que se depila em nome da higiene....Me engana, que eu gosto!)
Pois é verdade, senhoras, vossos maridos temem tanto as perguntas que podem surgir que preferem ficar só na vontade.

"Mas como que você gosta de careca? Você saiu com alguma piranha depilada?"

Lá se foi o romance, e a tesão então, ninguém sabe, ninguém viu...
O inverso também acontece. Marido machão, cuja esposa deve ser craque no suflê mas na cama, só deve gemer baixinho e exigir, no máximo, um papai e mamãe de olhos abertos.

O que essa infeliz pode fazer? Realmente não sei. Não consigo imaginar o quanto de boa vontade deve ser necessária para manter um casório com um perfeito bundão. Ou bundona, no mau sentido, claro; popozuda todos adoram.
O post da pimenta está tão claro que não sei nem o que acrescentar.
Talvez um workshop com a Marcita da Artes, sobre artes sensuais e pompoarismo ou uma receitinha afrodisíaca ( 'aquela' com pedra ume ou adstringente de sex shop) ajudem no tempero. Mas nada vai fazer milagre.
Isso tem que partir de você, como um parto...
Como pode achar que ele enjoou de você e não da mesmice?
Surpreenda-o!
Apresente a ele a sua outra personalidade,"aquela" que é capaz de fazê-lo tremer nas calças. Ou jogá-las longe!
Se ele não gostar? Aí, amiguinha, encerre o jogo e parta para outra divisão.´
Para mim, o que funciona, e muuuuito (como diria a dona do blog) é sexo oral. Eles amam uma sacanagem, pode acreditar, até o Charles gosta, logo ele que é um entojo!
Isso querida! O-ral!
Falar sobre sexo. (Tá vendo? Você está carente, filhinha!)
Com a pessoa que a interessa, claro, que eu já ando cheia de falar mais do que fazer, compreende?
Liga pra ele, fala umas bobagens...'aquelas' que você falaria se ele, no caso, não fosse seu 'marido'
(o mundo é doido, mesmo!) e sim um novo namorado, bem safado.

Se alguém aí sabe me dizer a razão de algumas das respeitaveis 'senhôras' não serem exatamente tímidas quando o lance é com...digamos...outro ( vamos pegar leve, o Norte é muito machista, me disse a Vera!) pode mandar me dizer, tá? Será um favor.
Ludmila Z. é especialista em relacionamentos e Marcita das Artes, em breve estará no nosso blog. Aguarde !

sábado, 22 de setembro de 2007

COM OU SEM PIMENTA ?




Querida “Dona de Casa”,


Perdoe-me a demora, mas realmente não sabia se deveria responder seu e-mail.


Conselhos, você bem o disse, é coisa para profissionais ou quem nos conhece muito bem.


Não me encaixo em nenhum dos dois, minha coluna não trata de relacionamentos, não sempre. Entretanto...Posso ser absolutamente franca com você e isso talvez a ajude.


Você se queixa da falta de tesão no casamento e, como toda esposa entediada, culpa o maridão, o que, convenhamos, é muito mais fácil mas não resolve nada.


Cá entre nós duas: quase sempre a mulher detém as rédeas dos relacionamentos e só não exerce esse poder por medo, insegurança ou desconhecimento, mesmo. Ou por tudo isso, compreende?




Você me parece muito preocupada com ‘o que ele vai pensar’ desses seus desejos...Como se fosse um desconhecido.A maioria dos homens agradeceria aos deuses do olimpo se suas esposinhas deixassem o avental todo sujo de ovo numa gaveta, quando eles colocassem os pés em casa. Pelo menos quando as crianças já estivessem dormindo, sacou ?


Todo mundo tem seus macaquinhos no sótão. Se não os deixa livres, de vez em quando, um dia começam a quebrar tudo;daí, ...Bem, essa parte você já conhece.


Vamos ao que interessa.Parta do princípio que ele também deve estar saturado desse relacionamento ‘diet’, morno e previsível, depois de dez anos.


Como diz a Ana Maria Braga: Acorda, menina!


Muitas de nós valorizam tanto essa coisa de reputação, querem tanto o cetro de mãe, esposa e dona de casa perfeitas, que acabam sacrificando a porção ‘safadinha’ que todas temos e que deve ter encantado seu homem, tempos atrás.


Aquele velho axioma...Uma dama na rua, ...ainda vale, amiga!


Você detalhou (com esmero) tudo o que sente falta ou gostaria de experimentar.


E eu pergunto: ele sabe disso?


Tímido, com a sogra morando junto (isso é grave...), e toda essa carga de ‘moralidade’ que a família (você, inclusive) impôs, de repente ele pode estar abafando as próprias fantasias, deixando de erotizar o que já deveria estar ‘pegando fogo’.


Ele vai adorar ouvir, baixinho, (ou aos berros se você gostar e a acústica permitir!) o que e como você quer, acredite!


Compre sim, a calcinha fio-dental que ele adorava e você jogou fora, com medo da sua mãe ver. Afinal, você ainda é uma adolescente ou já cresceu? Se ela remexer suas gavetas, merece encontrar bem mais do que um indício de que a filha vai muito bem, obrigada.


Outra coisa: celulite é coisa que só mulher presta tanta atenção. Mesmo mais gordinha, você continua sendo a mulher dele. Mas...de ‘calçola’, sei não, não tem quem agüente. Conforto tem limites, queridinha!


Lembre: quando os dois gostam, qualquer coisa é mais que bom, é ótimo!


Não perca mais tempo e faça um favor a você mesma: corra para o salão, pinte as unhas do vermelho que ele adorava...Capriche da depilação, não esqueça nada. inclusive de despachar sua mãe e os gêmeos para qualquer local por umas horinhas. Você merece, fôfa!


Tire os shorts e a camiseta decotada da gaveta, tome um belo banho, use a tal colônia que ele sempre lhe presenteava. Um gloss, duas gotas e veneno e não mais...


Desligue a TV e troque a cor da lâmpada do abajur.Tenho certeza que ele entenderá os sinais.


E vai adorar que você assuma o comando dessa nave.Você sempre soube como fazer as coisas, meu bem, só falta um pouco de...apetite.


E fala sério, quem teve gêmeos precisa de coragem?Assuma sua porção ‘quenga’ sim, e daí? Pense bem, isso é só entre vocês.


E só para a gente rir um pouco...Você realmente acha que as outras não têm fantasias, fetiches e essas coisas que mulheres saudáveis têm e a-do-ram?A diferença é que algumas as colocam em prática e outras...Bem, essas passam a vida aprimorando outra personagem, enfim.Sua pele vai ficar ótima e ele...Ah, depois você me conta!