quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Tesão pela novidade


Em busca de amantes 'virtuais', marido e mulher encontraram um ao outro na web.
(Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL106773-6174,00.html )

Um casal da Bósnia decidiu se divorciar depois de descobrir que ambos usavam a internet para trair seu parceiro.
O detalhe curioso dessa história é que eles iniciaram um relacionamento no universo virtual sem saber suas verdadeiras identidades, divulgou nesta semana a publicação australiana “Daily Telegraph”.
Sana Klaric, 27, e seu marido, Adnan, 32, se encontraram em uma sala de bate-papo com os apelidos "Sweetie" e "Prince of Joy". No ambiente virtual, eles desabafaram sobre os problemas que enfrentavam em seus relacionamentos do universo real.
Segundo a publicação, os dois descobriram suas verdadeiras identidades quando combinaram um encontro. Agora, o casal da cidade de Zenica está se divorciando – no processo, um acusa o outro de infidelidade.
“De repente eu me apaixonei. Foi incrível. Parecia que a gente estava preso ao mesmo tipo de casamento infeliz, e isso se mostrou ser a realidade”, afirmou Sana, de acordo com o “Daily Telegraph”.
Adnan, por sua vez, disse ainda não acreditar que “Sweetie” é a mesma mulher com quem se casou. “A pessoa que escrevia coisas maravilhosas é a mesma que não me disse uma palavra carinhosa durante anos”, afirmou o marido.
Ok, queridinhos, vamos ser sinceros...com quem isso não poderia ter acontecido, heim? heim?

Todos nós, um dia, ficamos saturados do conhecido, da rotina, dos problemas velhos.

Queremos novidade, aventura, um amor novo, um problema novo...nem que seja o antigo, num modelito fashion.

Entre eles, se o assunto não é futebol ou política, é mulher.
Entre elas, se não é mulher (as outras, claro!) é homem. Os delas.
Escuto coisas desanimadoras, mas algumas me fazem acreditar que casamento é viável, apesar de tudo. Viva os que dão certo!
Muitos casais, se não vivem em planetas diferentes, falam idiomas diferentes, pois parece não existir comunicação. ( se estivessem no MSN...
As exceções nem devem estar lendo minha crônica. Estão felizes passeando ou aproveitando o domingo sob o edredom. Outros... Depois da semana de trabalho, cada um tocando sua carreira, seria de se esperar que estivessem juntos, fazendo muita ‘saliência’. No entanto, é comum que estejam separados, como se a distância facilitasse a convivência.
Ele não diz que está com vontade de transar. Transar sim, querida, homem “trepa” a gente é que complica com essa história de “fazer amor” ( já viu algo mais sério?) e acaba tendo mesmo é uma droga de ‘relação sexual’ que parece coisa de cartaz de secretaria de saúde sobre DST.
A “coisa” está mais séria do que se pensa.
Alguns conseguem conversar sobre a vida íntima dos outros casais, é mais quem sabe quem ‘tá comendo quem’, mas ninguém se aventura a assumir que não come exatamente quem deveria...Que coisa!
Das performances alheias se fala, e sobre a própria...nem se pensa!
Isso vale pra você , amiguinha, que insiste naquele papo de que o maridão não lhe dá folga...Mas tem o comportamento patognomônico (vai no Aurélio, por favor!) de quem vive um período de seca braba!
OK. A viagem foi ótima, o empregão é ‘bão demais’, a filha vai casar com um barão...
Mas no final, tudo, tudinho , acaba na cama. Bem ou mal. É real e fa-tal.
Tenho recebido queixas femininas desde que um artigo provocou e-mails me considerando “machista”. Eu defendia “os homens” sem levar em consideração que muuuitas mulheres tem se esforçado para “animar” a vida sexual e eles ó... nem aí, pelos mais diversos motivos.
Fui conferir. E é verdade. Perdão, meninas dedicadas, gueixas pós-modernas e esposas em geral.
E atenção rapaziada : elas querem ma-is e me-lhor. Compreendem?
Rapidinha é só uma concessão para quem anda brincando direitinho.
Cada vez mais acho que relacionamento não é complicado, a gente é que complica. Como entender a matemática que não fecha essa conta, banal: você doida pra dar e ele louco pra comer. O que falta, criatura?
Imagina, que teve até Work-shop sobre relação entre casais: nós precisamos aprender como ser “casados”, que hor-ror .
Para cada mulher insatisfeita existe um macho muito mais perdido, pois raramente homem discute o tema com amigos.
As meninas conseguem essa catarse ao falar “horas” com uma parceira de “infortúnio”.
Voc~e não? Então me engana que eu gosto, querida.
Não existe casamento que não tenha passado por uma crise. Elas reclamam de não conseguir “abrir” o coração sem medo de “ofender” o maridão e piorar tudo.Do “lado de lá” a situação é idêntica.
Sabiam que homem tem pa-vor da ira feminina ? Mais do sangue, ladrão e imposto de renda?
Acho que a gente coloca defeito em tudo, sem prestar atenção no que é bom.
Cansadas de “defender algum”, prontas para descontar em alguém , o mais próximo é o parceiro. Nós ou eles.
Dores antigas e bobagens poderiam ser resolvidas numa conversa franca.
Com clima “de guerra dos sexos” quem estaria disposto a praticar o próprio ?
A distância e a mágoa vão aumentando. E a insatisfação de ambos também.
A concepção de sexo é completamente diferente para homens e mulheres e a gente não tenta aprender a linguagem do outro.
Para a mulher, fazer amor todo dia pode ser, eventualmente, apenas trocar beijos apaixonados, carícias demoradas e juras de amor. Para os homens pode significar “uma rapidinha” ou “demoradinha”. Poucos se lembram de namorar suas esposas.
Foi isso que descobri.
Elas querem namorar. Querem uma boa pegada, sabe como? Vigorosa, mas com muito romance. Querem ficar naquele ti-ti-ti, beijo na nuca, na boca, no corpo todo.
Mulher gosta disso, de ser cortejada pelo seu próprio homem. Gosta de seduzi-lo, ainda que alguns achem desnecessário. E a-do-ra ser seduzida. Mesmo que esteja casada com o sedutor há 30 anos !
Senhores, compreendam: para nós, novidade, no sexo, pode ser ir a um motel, sim. Outras camas, outros ares.
É como colocar sal, açúcar e orégano na dieta!
(Já pra vocês, meninos, não tem ajinomotto que resolva, às vezes...Novidade pode ser trocar a parceira, enfim.)

Quando o casal começa a se tratar por “pai” e “mãe”.... É incesto! ( Perdoem-me psicólogos e terapeutas!) Só tarado gosta !
Mas a verdade é que todos querem, custe o que custar, uma relação familiar (que inclui a conjugal, claro) não apenas saudável, mas sobretudo, pra-ze-ro-sa.
Gargalhadas embalando os dias, danem-se as boas-maneiras, a felicidade escancarada, o beijo na boca, de língua sim, bitoquinha é na madrinha.
Dançar até ficarem exaustos. Exaustos de felicidade.
Ainda que custe arranhar coisas estabelecidas pelo tempo e pelos outros, que nem sempre foram felizes.
Ninguém consegue essa façanha sem conversar, francamente. E isso implica ouvir coisas que preferíamos deixar pra lá...
Ouvir que, enquanto você estava no telefone, ele gostaria de um papo mais íntimo, sobre seus próprios problemas.Sua próstata, por exemplo. (Dele e sua, sim, mulher!)
Ou tê-la ao lado durante o jornal já que na hora da novela ele não pode (nem deve) abrir a boca...
Ser adulta e saber que ser feliz não é viver “num mar de rosas”.
Valorizar os bons momentos e minimizar os maus. Sem ser Poliana, pois ela é um saco !
Não ficar falando na última briga, pois quem perdoa, esquece. Ou se comporta como. Ou não perdoou. Crise se resolve com conversa. Até política nos ensina isso. Em casa não é diferente.
Mas as vezes tudo parece mais fácil quando um teclado e um monitor filtram a chatice, e nos revelamos assim, idealizados, perfeitinhos.
Será?

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